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Wednesday, May 17, 2006

AMICOR - 9 anos e Sindrome do Estado Fragilizado

Prezados amigos AMICOR,
Grato por me acompanharem até os 9 anos.
Neste ano, até completar uma década pretendo re-estudar nossos métodos de comunicação, bem como o processo em uso. Estarei aberto para sugestões e devo lhes apresentar até a próxima mensagem alguns detalhes e novas idéias.
Abaixo vai um artigo meu publicado na Zero Hora do dia 16.
Um abraço a todos.
AA
Dear friends AMICOR,
Thanks to follow me until the 9th anniversary.
From now to the 10th I wish to evaluate our communication methods, as well aour process in use. I will be open to suggestions and I will present to you until the next message some details and new ideas.
Below is an article published today in the local newspaper Zero Hora
Sincerely
AA


Síndrome do Estado fragilizado
ALOYZIO ACHUTTI/ Membro da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina

Recentemente tem-se nomeado com freqüência duas novas síndromes: a síndrome do status e a síndrome do Estado fraco ou fragilizado. Paralelamente à semelhança verbal das duas, podem-se encontrar também aproximações conceituais e implicações práticas cruzadas.

Síndrome refere-se a um conjunto de sintomas e sinais característicos de um estado anormal ou indesejável e se utiliza muito em medicina para designar condições mórbidas conseqüentes a causas diversas ou desconhecidas. Ambas estão relacionadas com perturbações da saúde e perda de qualidade de vida. Ambas provocam estresse, doenças crônicas e mal-estar, muito além do imaginado.

Circunstâncias responsáveis pela primeira (mais utilizada na perspectiva individual) são muito freqüentes, particularmente em sociedades com grande desigualdade social como a nossa, mas também pelo mundo afora, onde - como diz Sir Michael Marmot, em livro recente sobre o tema referindo-se a sociedades mesmo ditas igualitárias - "alguns são mais iguais do que outros...".

Com a falta ou perda da identidade, falta de alternativas e de apoio social, abandono, desinteresse e atropelo de valores humanos, a vida pode se tornar ainda mais difícil, surgem desespero e falta de motivação, só avaliáveis por quem se encontrar em situação semelhante.

A Síndrome do Estado fragilizado tem sido discutida particularmente com relação a fenômenos observados em países da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas após a queda do comunismo, mas o conceito deve ser aplicável mais extensamente, inclusive em nosso caso.

O Estado como organização política da sociedade se destina a facilitar, proteger e disciplinar a vida de seus cidadãos. O status de cidadão é sua identidade, e sua segurança radica na idoneidade e na confiabilidade de seus dirigentes. Seu projeto humano se realiza e se expressa no élan da construção social e, quando se sente ameaçado, encontra guarida em suas instituições.

A contaminação dos objetivos do bem comum pelos interesses individuais ou de grupos voltados para a sustentação artificial no poder dilacera o tecido social, corrompe os valores básicos, aumenta as cisões e se torna terreno fértil para a anarquia.

A governabilidade fica comprometida, gera enorme entropia e compromete o desenvolvimento, piorando ainda mais a desigualdade social e a sensação de desespero dos que se encontram marginalizados. Entretanto, todos sofrem, pioram até os índices de mortalidade e proliferam as doenças crônicas.

Não somente a preservação da natureza, evitando a poluição ambiental, é importante para a proteção da vida. O ambiente social e político também influi na saúde da população e deve ser arrolado entre os itens a serem considerados na prevenção de doenças e considerado pelos nossos representantes no poder.

Mais um motivo para nossa participação e escolha cuidadosa na hora da eleição.

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